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Foto do escritorMaria João Guerreiro

Educar para a Espiritualidade






As crianças vivem ainda num mundo de muita conexão ao que de mais puro e belo existe no Universo. À medida que vão crescendo a sua mente começa gradualmente a ativar mais e mais padrões inconscientes que os vão afastando da sua conexão inata à espiritualidade. Começam a sentir vergonha, timidez, comparação, submissão, dominância, arrogância, egoísmo, entre outras emoções e pensamentos que os afastam da sua pureza, da sua Alma.


Tal como cuidamos das necessidades básicas da criança (sono, alimentação, higiene, entre outros), também os valores de verdade, amor, coragem, compaixão, partilha, sabedoria, discernimento, poder pessoal, alegria, contentamento, gratidão, respeito, humildade devem ser treinados, relembrados e trazidos para o dia-a-dia das crianças pelos adultos. Pois é assim que se ajuda a criança a manter audível dentro de si a voz da sua Alma.


Ao longo da nossa vida precisamos de escutar a nossa voz sábia e ao criar um ambiente familiar que promove estes valores estamos a proporcionar à criança uma maior possibilidade de fazer escolhas e interpretações de si e do mundo pelos olhos da sabedoria da sua Alma, que sabe sempre o que é melhor para si e para todos!







Para ajudar os pais e adultos próximos da criança neste caminho fica a seguinte sugestão:


Um exercício de reflexão como ponto de partida para que a família se abra a viver em Espírito, ou seja, em presença enraizada na verdadeira espiritualidade, aquela que nos conecta ao que de mais sagrado existe em nós, a nossa verdadeira voz, a voz da nossa Alma.


O primeiro passo é respirar fundo e permitires-te responder às questões com a maior humildade possível.


  • Quais destes padrões existem em mim (no pensamento, em palavras e ações): medo, pessimismo, culpa, vitimização, arrogância, submissão, inação, ciúme, inveja, ressentimento, julgamento, egoísmo, necessidade de ter razão?

Da próxima vez que sentires este padrão a ativar-se, ganha consciência e escolhe não o alimentar, procura a virtude contrária. Por exemplo, se identificas que estás em submissão, ganha consciência, aceita e escolhe agir com poder pessoal.


  • Como posso basear os meus pensamentos, palavras e ações nestes valores virtuosos: verdade, amor, coragem, compaixão, humildade, partilha, sabedoria, discernimento, poder pessoal, alegria, contentamento, gratidão, respeito? Estou a fazê-lo? Quando não o faço, como posso mudar esse hábito?


É nos pais, nos cuidadores, nos laços mais fortes que a criança encontra direção para a vida. É através da evolução dos próprios adultos mais próximos que a criança se guia e inspira para o seu próprio caminho de evolução.



A questão que podemos começar por nos colocar é: como estou eu a viver a minha vida?


E começamos o trabalho por aqui, em nós mesmos.







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